segunda-feira, 2 de novembro de 2015

SEM DISCUSSÕES MORAIS, 5º TEMPORADA É A MELHOR DE THE WALKING DEAD



Todos os momentos de discussão que levaram The Walking Dead até a quinta temporada foram muito importantes para que, nesse momento, os personagens pudessem se transformar em algo que necessitavam há muito tempo. Aqueles conflitos morais que os atormentavam são página virada e, agora, os personagens entenderam que o lance do mundo em que vivem é, mais do que nunca, matar ou morrer.


Em quase todos os episódios dessa temporada, uma cena bem pesada acontecia. Violência bruta mesmo. Os primeiros episódios no abrigo em "Terminus", que prometia ser um santuário, são arrepiantes. Pescoços degolados na nossa frente e carcaças humanas penduradas (descobrimos o canibalismo na série) compuseram, junto com muito "tiro, porrada e bomba", ótimas sequências no começo da temporada.


Rick (Andrew Lincoln), o protagonista dos protagonistas, ao longo da série vai deixando de lado as suas paranoias e mostrando que é "o" cara, se afastando ainda mais do rótulo de mocinho bobo, mas sem chegar a ser um vilão. A vocação para ser líder e herói é reafirmada, indiretamente, o tempo todo ao chegar em um outro abrigo, após fugir de "Terminus", chamado "Alexandria", que é uma comunidade que conseguiu levantar muros resistentes e se desenvolver muito melhor que Woodbury, da terceira temporada. "Alexandria" é tão calma, que, aparentemente, as pessoas lá dentro mal sabem a dimensão do mundo falido que se encontra do lado de fora dos muros. 

The Walking Dead 5ª Temporada: A melhor temporada da série?

Antes de Alexandria, a procura por Beth (Emily Kinney), que tinha sido "sequestrada" na temporada passada, em um hospital dominado por policiais e médicos movimenta uma das mortes mais marcantes da temporada. Não que tenha sido a dela, você terá que assistir para saber quem foi. São sequencias que mostram que Daryl (Norman Reedus) tem um coração maior do que se imaginava.

As mortes de Bob (Lawrence Gilliard, Jr.) e Tyreese (Chad Coleman) trazem momentos interessantes. O primeiro porque foi sequestrado e teve a perna amputada pelos canibais de "Terminus". Foi chocante ver Gareth (Andrew J. West) comendo a perna do personagem na frente de todos nós, inclusive do próprio Bob, com um sorriso no rosto; já a morte de Tyreese representou a destruição psicológica causada pela sobrevivência diária em neste planeta pós-hecatombe.



Ainda sobre personagens
Carol (Melissa McBride) foi a melhor personagem que TWD pode manter viva até aqui (espero que nunca morra) e Sasha (Sonequa Martin-Green) pirou de vez, ganhou espaço na série, mas ficou chata. Tenho a impressão de que há personagens demais. É horrível de se falar, mas alguns deles, só para enxugar o elenco mesmo, já deviam ter morrido.

Carl (Chandler Riggs) não teve tantos momentos fortes dessa vez e a Michonne (Danai Gurira) está mais relaxada e sorridente, mas continua sempre preparada para lidar com qualquer situação. Há momentos em que ela chega a querer despontar como "novo braço direito" de Rick, mas o marrento Daryl continua em nossos corações. É uma função que tem se equilibrado bem entre eles. A entrada de um padre na série foi uma boa ideia.

A quinta temporada de The Walking Dead mostrou que a série é uma das mais bem produzidas e pensadas da TV americana, além de ser a melhor temporada até aqui, não só pelo banho de sangue, mas porque os protagonistas se transformaram em personagens que acrescentam muito mais força e personalidade à série. Quem não tiver assistido ainda, corra!

Audiência
A quinta temporada de The Walking Dead foi a de maior audiência. A média de público ficou em 14,4 milhões de espectadores por episódio, ante 13,3 milhões da quarta, 10,7 milhões da terceira, 6,9 milhões da segunda e 5,2 milhões da primeira.

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